Me dê um tema. Um título. Uma pauta.

Não preciso que ninguém me mostre o caminho completo. Gosto de desbravar e me aventurar na trajetória até descobrir que trilhei meus passos como ninguém mais seria capaz. Mas me dê um norte.

Uma simples indicação. Um rumo.

O infinito das possibilidades só é bom quando consigo começar do início. Tem essa também. Meio e fim são sempre respeitados por mim como ordem soberana dos fatores.

Já ouvi na terapia que não preciso viver sob tamanha rigidez, mas são 36 anos em que o branco se preenche de cima para baixo até alcançar o ponto final. Fazer diferente não seria apenas uma questão de esforço. Eu tentei. Juro que tentei.

Esbocei palavras soltas que não faziam sentido nenhum separadas.
Pensei na conclusão sem antes imaginar parte do desenrolar.
Ousei, inclusive, ignorar a ausência de um assunto principal a ser desmembrado.

Mas aí nasceu esse texto. Que vai virar um post pro blog que não vê posts há um tempo considerável. Esse texto, sem pé nem cabeça, que talvez não sirva pra nada alem de preencher espaço. Esse texto que deixarei de compartilhar temendo que seja lido por quem não vá compreende-lo.

Escrever é isso.

Colocar pra fora da mente o que não cabe mais lá. O processo de cada um é o que considero ser pura magia. O meu, vocês já sabem, acontece sempre na mesma ordem.