“Dã, Christiane, é ÓBVIO que isso era um sonho”, pensei sozinha quando acordei com a campainha de casa tocando.

Antes de atender, sentei na cama (sem estrela nenhuma na cabeceira) por alguns segundos e comecei a pensar. Como seria bom se, igualzinho naquelas histórias dos livros que amo, eu tivesse ido parar em alguma espécie de vida paralela. Sabe? Aquela magia inexplicável que tira os seus problemas de você mesma e faz a vida toda mudar só pra te fazer enxergar o quanto sua antiga rotina era feliz.

Mas aqui o lance era real. Não tinha magia, não tinha vida paralela.

Cheguei ao portão ainda com cara de sono e… O Bruno estava chorando. Juro por Deus: chorando!

“O que foi?”
Perguntei

“A gente precisa conversar”
Ele respondeu enquanto entrava em casa.

A conversa que rolou a seguir foi tipo, a pior da minha vida. Eu queria poder lembrar todos os detalhes para ter certeza de que eu havia mesmo acordado e não estava tendo um pesadelo. Mas apenas não dava. Parei de prestar atenção quando ouvi “Eu sou o pai do filho que a Camila está esperando”. Daí em diante, foi como se as palavras não fizessem mais sentido. Comecei a ouvir um zumbido estranho, senti o coração acelerar de um jeito bizarro e, bom, só me lembro de abrir o olho e ler as letras E-M-E-R-G-Ê-N-C-I-A escritas em vermelho na parede branca bem na minha frente.

Quem Chris encontra no hospital?

Leia também:
Parte 1 – O sinal
Parte 2 – O resultado
Parte 3 – A verdade
Parte 4 – A solução
Parte 5 – A conversa
Parte 6 – A primeira vez
Parte 7 – O dia em que tudo mudou
Parte 8 – A nova vida